sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Palavra Indigesta- Ziemerhoff

Palavra Indigesta



O pecado que eu mato não julga
A cor que tem minha culpa
Sorrisos sentados me insultam
Me tratam como vida conjunta

O rastro tem cheiro tem infância
Pra traz só ficou a lembrança
Se apressa e me inventa um insulta
Me chama de uma vez de maluco

A não ser que haja com desdém
Me convencer o papo de alguém
Não tenho que pensar em ninguém
Castigo vem de muito além

Almejar o que ta alto
O chão é o passo do meu destino
A culpa que a vida empresta
Tem sabor de palavra indigesta

Virtude é falsa não engana
Olfato é farsa insana
Olhares fedem a verdade
Remédio certo pra sua maldade

Um comentário:

  1. Palavra indigesta: são tantas,
    que eu colocaria no plural!!!
    Por certo o que sai das gargantas
    com a intenção de fazer mal
    são palavras indigestas
    como gestos dissimulados,
    olhares arrevesados
    e sorrisos com arestas.

    Abraço,
    Maria Luiza

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