segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Depois de amanhã-ziemerhoff

Depois de amanhã


O vento me confundiu
Supôs que me soprava
Saiu andando com o pé atrás
De traz do que ele sempre faz

Antes de um salto
O assalto e um prato
Da fome do homem
Distante de onde você mora e chora

Fumaça esfumaça a massa
Massacra Esparta
Que parta daí e fuja daqui

Não se moveu
Deus apareceu
E deu o ar da graça
De graça
Gratuito no intuito de tragar o sagrado instinto

A terra enterrada por historias mal-contadas
Contadas previamente por quem contou a historia
Ficou só na memória

Shangri-lá-Ziemerhoff

Shangri-lá

Abra os braços redentor
Rogai por vós profanos auto-imunes
Cometa todas as gafes possíveis e imperdíveis
Encurta os laços ó sabedor

Troca-se um predicado pelo próprio mito
O vosso sacrifício em xeque
Em pauta o quão podes ser da plebe

Supuséssemos raiva assombrada
Alicerces da minha fala calam
Acabou Van Gogh também se mata

Passagem pra todas as voltas
Memórias catastróficas historias
Acabou Van Gogh também se mata

Místicos sem resposta
Credo pobre esnobe pode achar
Por entre linhas aprontar, desenrolar vacilos
Versículos salmos e capítulos

Aqui jaz faz parte
Tudo o há de errado em marte se começa pelo fim

A arte da destruição-Ziemerhoff

A arte da destruição


Manusear a destruição
Para instruir todo o holocausto do prazer
Invocai todas as forças
Mestre da maquinaria de invenção

Metranca em direção das dunas de concreto armado
Prospecto pioneiro
Vocativamamente dom guerrilheiro em tal aspecto
Ofereço-lhe a juventude eterna

Julgo só o que vejo
Produto do infruto dos ultrajes
Vejam que belos trajes
Carlitos também bateria palmas
Vejam que bela imagem
Vejam que belos trajes

Os primeiros onze heróis
Vieram doar todo pão e circo
O brilho dos faróis
Ofuscai a real situação de cinco pecados capitais

Isso significa não ter mistério algum
Não da pra estar mais claro
Os triunfos estão expostos pra qualquer um
Este é o prefacio da sétima arte

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Remanso-Ziemerhoff

Remanso


De onde se traz o amanhã
Se não for de hoje a tarde
Pra fazer nossa fé
E se manter de pé

Descanso traz o sossego
Vigia a tristeza
Remanso Beija a fraqueza
Pra quem dormiu com medo

Será que vão saber?
De onde vem a nobreza
Sentir o que está sentindo
É sentimento de quem está mentindo



Me diz se o remanso
É mais do que desejo
De trazer o beijo
Remanso e descanso em noite fria
Me diz se o remanso
Veio pra ficar
Ou só está de passagem
Pra nos tirar a coragem

Poeta vem me dizer
Aonde é que você mora
Pra quem sabe um dia eu saber
Como é que você chora

Profeta vem me contar
O que comigo acontece
Pra quem sabe um dia eu notar
O que é que a gente merece

Sumir até a esquina
Cecília não é mais menina
Ensina enganar todo mundo
Ensina sumir num segundo

Pergaminho-Ziemerhoff

Pergaminho


Por castigo de quem sempre se engajou
O jeito de dizer em folha pautada
O que sempre acreditou

Notasse quando atressara a rua
Pedisse um caos
Com um punhadode flúor suor
Ergue-se um estandarte
Em toda parte vira sal

Trago ódios pra juntar com anseios
Trago dinheiro debaixo do braço
Pra mostrar o que eu nunca faço
Vai partir pro infinito
Por que de longe ele é mais bonito

Se encontrara de repepente com Afrodite num acaso
“Pergaminhar” um alvará de soltura
Salivo conjuração de doçura
Aqui não se voga a liberdade

Espio os retangulares prisioneiros
U m confessionário, um voto, uma injuria
Petição de um valor absurdo
Curto raso, bem claro e confuso

Sucinto bem claro raso e fajuto
Antevisto vai seco e astuto
Doutrina é esvairão seu visconde
Arcebispo em quesito razão

Pergaminhar abuso
santo
Pregaminhar um abuso santo

Mouros-Ziemerhoff

Mouros



Mesmo muralhas ou cavernas
Pouco assunto estratégia
É assim com pouca idade
Que a loucura beija a cidade

Pouco almoço muito gosto
Muita gente alvoroço
É pouca vida a diante
Nem minha lábia alucinante

O que é perturbação
Longe do marasmo ressurreição
Morrer e nascer todo dia
Insanidade recém-nascida

Eu me abençôo onde não dá pra rezar
Nem por agoro nem por nada
Não tenho mais o que prometer
Sem mais promessas o que eu vou ser

Quanto deixou de cortesia
Mediocridade não é bem-vinda
Esperança embaixo da escada
Ingenuidade suicida

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Longe prematuro, Areia Movediça - Ziemerhoff

Longe prematuro, Areia Movediça

As perspectivas não produzem expectativas
As vitimas de possibilidades inativas
Visitas trazem cada vez mais intranqüilidades

Assombrações dignas de inquietudes
Afeiçoes ensinam poucas atitudes
Alucinações assumem loucas altitudes
E engatilham minha atenção


O criador não mede seus reforços
O vencedor não cita seus esforços
Dormira de cara pro abismo
Te domina e pratica auto-cinismo

Não quero nem saber em saber
Por que, o quê, nem quem porque
O longe prematuro vira areia movediça
É só vontade
Quiçá decepção submissa

Cílios vermelhos cativantes
Olhos flácidos luminantes
Julgam seus desejos instigantes
É distração perfeita tão gigante

Vinis tocam a canção tão desejada
Contemplação do destino mascarado
Invenção de um menino alucinado
Provocação de fino trato apropriado

A culpa de um desenho animado
Assunta pavor dissimulado
Deixa o meu rancor tão a vontade
Fazem louvor a promiscuidade

Fora do Eixo - Ziemerhoff

Fora do Eixo



Cheio de estadias fora do eixo são
Estão os tolos sem saber se não

Creio se eu suposse invenção tão perfeita
Sem luz inveja roubo e homicídio

Eu ficaria sorrindo como Alice
De dentro pra fora fora fora do eixo são

Vamos dançar pros reis nos
Ungirem com vinho festa folia e seia

Eis um tempo sem marco
Ícones ou algo memorável
Informes e pitagos de solução
Sobre um futuro tão acabavel

Eis um vento tão fraco
Brisas ou tufão insaciável
Catrina, Alice no país das maravilhas
Raio de ultimato opaco


Veio não se sabe de onde e explora explora explora o pão
Minutos antes da destruição

Leio tanta proposta com a atração que se aceita
Em jus ao que se investe em subsidio

Eu sairia correndo pro olympo se caísse
Enfrento minha gloria gloria gloria sem perdão

Ambos vão alcançar voceis e
E surgirem do ninho protesta a orgia alheia

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Palavra Indigesta- Ziemerhoff

Palavra Indigesta



O pecado que eu mato não julga
A cor que tem minha culpa
Sorrisos sentados me insultam
Me tratam como vida conjunta

O rastro tem cheiro tem infância
Pra traz só ficou a lembrança
Se apressa e me inventa um insulta
Me chama de uma vez de maluco

A não ser que haja com desdém
Me convencer o papo de alguém
Não tenho que pensar em ninguém
Castigo vem de muito além

Almejar o que ta alto
O chão é o passo do meu destino
A culpa que a vida empresta
Tem sabor de palavra indigesta

Virtude é falsa não engana
Olfato é farsa insana
Olhares fedem a verdade
Remédio certo pra sua maldade

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Quartel General- Ziemerhoff

Quartel General

De longe se vê a miséria distante
De perto se vê os nossos filhos
Alerto sobre um cordeiro arrasante

O velho testamento não nos ensina
A viver sem nos ter
Quartel invadindo os nossos vales
Que purificam os nossos ares

De fogo e de ponta armas de sobra
Homens de cor homem sem sombra
Mulher com filho mulher com fome


No instante que se vai
Machuca história mal contada
E o sangue que se trai
Desencanta história encantada



Castelos Abaixo não constroem fantasia
Orientado pela barriga vazia
Oriente vai em frente
Pra quem mente pra viver

Mas o que não se cobra
Hoje não se pensa no amanhã
O que são os forasteiros
Pra acabar com gente sã

Hora tem medo fora do colo
Hora tem jeito de consolo
Pra fugir da minha casa
Não se acaba com meu choro


No instante que se vai
Machuca história mal contada
E o sangue que se trai
Desencanta história encantada

A sós- Ziemerhoff

A sós

Quem sempre prova o que nunca testa
Nada tem gosto de tudo
O silencio traz tanta coisa incerta
Provoca som e deixa surdo

A cerca vem ta tudo em volta
Ao lado o peito que não solta
O ar preso em frente ao medo de não ter volta


A sós com tanta gente assim
A voz atrasa um quase sim
Sussurra sua vida pra mim
Não pode ser tão frágil assim

Esmola agrada quem tem vontade
Invade a sede que tem o surto
Inventa desculpas pra tentar susto

Antigos tempos de “desabor “
Ainda tem cheiro esse odor
Se sinto sempre esse gosto amargo
Vem tudo da resposta que indago



A sós com tanta gente assim
A voz atrasa um quase sim
Sussurra sua vida pra mim
Não pode ser tão frágil assim

Novos velhos- Ziemerhoff

Novos velhos

O calendário traumatiza crianças antigas
O santuário ”reesperança” com cantigas
Os centenários já estão novos de novo
E trazem noticias com desaforo

Coroação pros pebleus malfeitores
É perfeição da perfeição dos mal educação os novos velhos pavores


Não foi assim que aconteceu
Os velhos contam o que aconteceu
Eu não aprendo o que você aprendeu
Eu não compreendo o que você viveu
Os velhos cotam o que aconteceu


O inventário tem pernas saudáveis
O dicionário tem mentiras intocáveis
O dicionário mentiras indesejáveis

No desenrolar sobrou maluqueza
E retrucar com tão pouca beleza
São murmúrios da mais nova mundeza
Poetizas profetizam arrogantes fraquezas


Não foi assim que aconteceu
Os velhos contam o que aconteceu
Eu não aprendo o que você aprendeu
Eu não compreendo o que você viveu
Os velhos cotam o que aconteceu

Preceito- Ziemerhoff

Preceito



Os meus olhos preconceituosos, “preconceituaram” um tal preceito
Sem pretensão de preludir, trejeitos meio sem jeito.
Eu aumento o que eu invento eu invento um preceito
Com os olhos cheios de preconceito.

Eu fui até aonde não se podia
O vilarejo do meu inventário
Os açudes encharcados de princípios mal resolvidos
Dissolvidos nos meus olhos preconceituosos

Haja a que a de haver o que tem a ver o meu modo de ver
O que há de ser... Pretender e ver o que há de ver
Aja como tem que agir, talvez fingir sem mentir e
Pressentir o que houvesse de haver, e cair


A sombra da minha sobra te assola de tal forma
Formalmente imprescindível de julgar dessa deforma
Que só existe nos meus olhos preconceituosos
Melindrosos assustados definível com uma reforma
Miseráveis redobráveis aclamados de tal forma


Princípios dos principais prejeitos do pensamento
Preceitos individuais do vingamento
Primórdios preguiçosos
São primogênitos dos olhos preconceituosos

Outrora havia prefeito de um jeito tão perfeito
Transitei os meios dos lados periféricos
Permeio os meus clareios tão estreitos
Precioso o meu prelúdio mal aceito

Os preceitos do Decálogo te dão amparo
Ao menos que eu apareça e te esclareça
Algo assim vingaria principio raro
E sangraria meus olhos preconceituosos

Era Dom Quixote- Ziemerhoff

Dom Quixote

Cavaleiro de pés descalços
Andou nas trevas do asfalto
Desandou nos mais belos traços
Destemido como num salto

Os caminhos pareciam imensos
Passos largos
Visão aguada e perdida
Não posso imaginar a medida

Primeira vez saira
Primeira vez vencida
Primeira vez sem menina
Melanina na pele se Sabrina

Meninas voavam como num encanto
Claro e certo no seu canto
Tinta fresca molhando o manto
Encharcando o pranto
Parado passou o tempo avossante
Parando o perdido instante


De ontem não mudava nada
Guerreiro marcante
Espada impávida
Instinto dominante
Guiado pelas almas


Menino confuso e vazio
Para os que olhavam fácil
Cafuzo para os raros mameluco
Maluco caboclo que ficou louco
Que dali um pouco deu o troco
Dali saiu andou
Comigo sei andar na escuridão
Derrubar moinho e matar dragão
Desertos desertam o deserto
Miragem o enganava
Nem que fosse de perto de perto
Se perdeu como todos pensavam

Milagres milagrosos- Ziemerhoff

Milagres milagrosos

Tão querendo me emburrecer
Esclarecer minha estupidez
Vai ser tão simples deu saber
Quando isso acontecer

São vigaristas tão vulgares
Estupendos pobres estúpidos
Não acreditam em milagres em cupido
Só em acaso corrompido

Barão tão burocrata
Nem sempre tu me mata
Sou só um verme que resiste
Ao seu placebo com burrice
Sou só um verme insiste

Observemos seus pupilos
Por que parecem tão aflitos
Tão em si mesmo em conflito
Acaba sempre em asilo

Prédios faraônicos majestosos
Demode é ser brasileiro
Eu to querendo milagres milagrosos
Eu to querendo honestidade num chiqueiro



Barão tão burocrata
Nem sempre tu me mata
Sou só um verme que resiste
Ao seu placebo com burrice
Sou só um verme insiste

Tempestade- Ziemerhoff

Tempestade

Projeto a cinza do cigarro...

Pigarro na folha meu verso, meu terço protesto que conto de bate pronto e encontro um ouvinte atento e afronto meus vinte dezoito atônitos poucos anos nas mãos os panos insanos malandros alheios anseio teus seios veraneios perfeitos, pretéritos presentes mais-que-perfeitos no tempo correto acarreto elementos urbanos lembrando pensando julgando conjugando
Resumos dos rumos que tomei, achei vinguei tomei, uma taça de rum porque gostei de um mini-dicionário que vi na vitrine comprei oprime a verdade imprimi a verdade da ortografia e grafia a dês-geografia do seu corpo relevante e sem relevo almejo caber em mim!!

São pupilas fora do ar
Sem conceito sem auxilio de qualquer lugar
Mas ou menos um asilo do meu jeito, pra descansar, das trovoadas
Impaquitantes quase frustrantes semi-importantes
Sem solucionar, minha cruzada

São todos os lados, em todas as cores...

Na maioria dos jeitos a minoria dos medos acordaria cedo e cravaria uma espada no peito naquela decepção amarga a prossição estampada na minha cara um pavilhão no meu quarto embaixo da cama, nada nada nada disso me agarra vossa verdade não me agrada mas quase sempre me vence capaz sagaz me traz a uma prova feroz que conjuga o trovão que é fonema quase certo do meu vocabulário sedento sem acento sem talento trucida o rebento do meu pensamento gigante, minimalista perfeccionista otimista nada frágil ágil fácil portátil molhado lagrimeja o meu lábio melódico melancólico harmônico prazeroso e venoso


São pupilas fora do ar
Sem conceito sem auxilio de qualquer lugar
Mas ou menos um asilo do meu jeito, pra descansar, das trovoadas
Impaquitantes quase frustrantes semi-importantes
Sem solucionar, minha cruzada

Só duas coisas

Só duas coisas


Se eu for pro o outro lado
Talvez não volte pra onde eu sempre quis estar
Eu vestiria um fardo
O esconderia meu adorno mais puro e raro

Coincidentemente deu certo
Indevidamente o meu preço do avesso foi pago
Meu rosto não é assim
O cheiro fosco transfigurou o meu pesar

Seduzir um sabor
Regado a pólem caule fruta folha e flor
Regar tragédias sem dor
Você poderia olhar diante do espelho e precisar teu pudor

Tremular medos virgens
Percorrer o trajeto de Zeus carregando sua espada
Desmentir suas miragens
Eu enganaria Clístenes com seus chumaços de papel

Lendario Cavaleiro Alforreu- Ziemerhoff

Lendário Cavaleiro Alforreu

Eu estava faminto, supondo a fúria que havia em mim.
De misericórdia dos pobres vivi sem fim
Que os crédulos caiam sobre as águas
Sobrevoem os oceanos e suas magoas
O doce de uma flauta
O arpejo glorioso de uma harpa
Não consigo interromper minhas mentiras mal contadas
Privilegio de quem nem mais se importa
Praguejo canções de mau-dizer pela sua porta
De coração dissimulado me sinto amuado
De pavor simulado eu fui machucado
Com minhas mãos no céu E joelhos no véu
Prezado senhor da nova ordem
Perdoe o meu pesar que já esta pesado
Excomungando por vontade própria, massacrado
Vingais aqueles que estão indefesos
Migrados da terra de ninguém
Minados campos da imaginação de alguém
Forjados e estupros de suas almas
Milagreiro da virgem das calmas
Mensageiro da invocação de Deus
Ou qualquer vulgo a nos atribuído
De bom grado nunca fui concebido
Saqueadores da sabedoria de passagem
Interpreto a margura da personagem
Viajante dos elos esquartejados
Morungado da pesca do barqueiro
Avante arrasadores do navio negreiro
Que o banzo não penetre nos seus poros de Dendê
Fruto dos injustos, usuras de sapê
Catadores de poesias de cordel
Se misturam as noticias de Isabel
Suadas de Razão desarranjadas
Dizimadas das canções
Do vilarejo Catástrofe dos anjos sem arpejo
Sacristia marombeira de um desejo
Gotejando as burrices de meus pais
Fracionada as atenções na encruzilhada
Santuário me perseguindo na madrugada
Destemido senhor do seu destino
Não abandonou as frustrações de menino
Fingidor das personagens desumas
Morador do paraíso não desengana
Proibidor sem gênio e censura
Traidor de Gabriel
Que nem sempre e fiel
Harpeiro honorário de Miguel Cantador da voz de Ezequiel
Letreiro das cartas enviadas Ao céu
Corre foje com Manuel
Brigadeiro, brigador que se cansou
Flagelo e exemplo vivado
Desmentira as palavras que dissera
Fragmentadara e mostrara que era possível
De sinfonias e trejeito impossível
A perfeição se consagra um defeito
Como as tantas medalhas no peito
Meritocrata consumado não tem mais jeito
Bruttus o abandonara no final
Primavera e verão eternizados
Dia-a-dia só se ouviu o bem e o mal